Túmulo de Mãe e Filho mortos é o mais visitado neste dia de finados em Cajazeiras

O Dia de Finados foi lembrado nesta segunda-feira (02), milhares de Cajazeirenses que se juntaram aos demais brasileiros nas orações pelos parentes e amigos já falecidos, um dia de saudades e de muitas lembranças.

Um dos túmulos mais visitados é o do Jovem Rafael e sua mãe Berenice, que foram assassinados barbaramente dentro de sua casa no dia 19 de setembro deste ano no sítio Papa-mel. Os Cemitérios nossa Senhora de  Aparecida e Coração de Maria começaram a receber os visitantes desde o último domingo (01). Várias pessoas de todas às partes da cidade e da região prestaram suas homenagens aos falecidos.

A polícia militar está presente em todos os campos santos. Vários comerciantes aproveitaram para fazer um extra com vendas de flores, velas, água, picolé, e lanches.

A igreja Católica desenvolveu uma programação com missas nas paróquias e cemitérios da cidade de Cajazeiras durante todo o Dia de Finados com missas de 7 horas e 17 horas.

O fato lamentável que no cemitério Nossa Senhora de Aparecida não tinha energia elétrica sendo necessário o empresário Siloca proprietário do Grupo Barrozo ceder um som para a celebração.

Veja imagens de algumas pessoas que partiram e deixaram saudades.


COMO SURGIU DIA DE FINADOS!!!


O dia dos Mortos é uma tradição que é milenar. Este é um dos cultos mais antigos e que esteve presente em quase todas as religiões, em especial nas mais antigas. A princípio era ligado aos cultos agrários e de fertilidade. Para os mais antigos, os mortos eram como sementes, e por isso eram enterrados com vistas à ressurreição.

O binômio: morte-fertilidade, explica a primitiva celebração de Finados com banquetes perto dos túmulos. Essa associação levou o homem primitivo a implorar a proteção dos mortos para as colheitas e plantações. Na antiguidade greco-romana, o culto das almas (manes) era celebrado com o cerimonial da vegetação. Hipócrates, baseado na mesma crença, afirmou que os espíritos dos defuntos “fazem germinar e crescer as sementes”. Os hindus comemoram os mortos em plena fase da colheita, como a festa principal do período.


Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa, mas o dia de Finados só  foi oficialmente instituído pela Igreja Católica no século X e denominado, na liturgia, omnium fidelium defunctorum (“de todos os fiéis defuntos”). Com o passar do tempo, a comemoração ultrapassou seu exclusivo aspecto religioso, para revelar uma feição emotiva: a saudade de quem perdeu entes queridos. Hoje se celebra este dia dizendo: “saudades sim! tristeza não!”